O sindicato patronal lançou uma nota chorosa em seu site, alegando que as empresas estão “preocupadas” com a suspensão das negociações de acordos específicos. Choram tanto, que chegam a apelar para uma certa preocupação com os trabalhadores e trabalhadoras. Ora, senhores patrões, como assim? Os acordos específicos são bons para os trabalhadores sim, mas principalmente […]
O sindicato patronal lançou uma nota chorosa em seu site, alegando que as empresas estão “preocupadas” com a suspensão das negociações de acordos específicos. Choram tanto, que chegam a apelar para uma certa preocupação com os trabalhadores e trabalhadoras.
Ora, senhores patrões, como assim? Os acordos específicos são bons para os trabalhadores sim, mas principalmente para os senhores, e podemos esclarecer direitinho, observem:
– Se não há acordo de banco de horas, paguem as horas extras, por mais que isso doa em seus bolsos.
– Benefícios indiretos estão previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, em pleno vigor, portanto cobrem o percentual de 1% dos trabalhadores e mantenham os benefícios.
– O seu contratante quer a mão de obra ininterrupta e não tem acordo de escala de revezamento? É fácil resolver isso, basta contratar dois empregados com jornada de seis horas.
A suspensão dos acordos, portanto, é problema grave para as empresas, mas não prejudica diretamente o trabalhador.
A verdade, senhores patrões, é que se os senhores estivessem preocupados com os trabalhadores e trabalhadoras, iniciariam a negociação coletiva com – no mínimo – o ICV-Dieese, e não a miséria de reposição abaixo da inflação e com parcelamento, ainda por cima.
Respeito é bom e a gente gosta. Queremos salários e direitos dignos!